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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
quando um sonho, sonho de vida e não sonho de sono, se torna cada vez mais presente e nítido, qundo a ideia nos surpreende nos mais inesperados lugares, momentos, quando o podemos ver tomar forma à nossa frente, nos surpreendemos a trabalhar para esse fim, ainda que apenas ao nível do projecto, abre-se o caminho da realização e pela berma estende-se, dengosamente, o medo...
You can dream, create, design and build the most
wonderful place in the world, but it requires people
to make the dream a reality.'
Walt Disney
enquanto eu passo ao lado do mar, devagar, meio perdida em pensamentos que um enorme rebentar de espuma branca me faz largar. é quase Natal. Ainda não tenho metade dos presentes terminados. e nem são muitos. pelo filhote, e não por mim, lá vou entrando no espírito. eu gosto de deste tempo, das reuniões de família, de tudo isto. mas uma parte de mim está como o dia, apagada e cizenta.
parece muito mais cedo, a cidade está deserta. os estacionamentos vazios. a cidade já está de férias. férias de uma realidade que me parece sempre mais fácil do outro lado. e estou firmemente decidida a recuperar o brilho, a cor. a procurar soluções em vez de remoer problemas. mas os dias passam e no frenesim do que tem que ser, perco-me ainda no que devia e não consegui, não chego aonde queria, não faço.
e então, penso em tudo quanto mudou, tudo quanto tenho conseguido manter, a estabilidade recuperada, a custo e precária, mas existe. o sorriso do meu filho, lindo, terno, maduro. maduro demais, penso por vezes, para um miúdo de 11 anos. canta. e ri-se. e não se queixa. o cão e a gata que afinal até se entendem muito bem, a casa que é tão quentinha que ainda nem precisámos de aquecimento! os dias preenchidos e o acordar com mimos! o compreender, interiormente, que tenho o que é preciso. apenas faltam acertar algumas agulhas.
tudo quanto é importante faz parte da minha vida: família, carinho, trabalho, sol, mar, livros, escrita. a liberdade. de escolher ou não. de fazer ou não. de estar ou não. não sei se há coisas mais importantes ou se há alguma coisa mais importante e melhor base para se construir uma vida que a certeza absoluta de que estamos a fazer o que sabemos que está certo.
porque no fim das contas, tanto quanto sei, o que vale é o coração. cheio de amor. ou de arrependimentos. e eu gosto de sorrisos!
sem certezas quanto às origens deste texto, deixo-vos aqui uma boa tradução do mesmo e, desejo-vos uns excelentes dias finais de 2013.
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