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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
Será porventura isso: a maturidade que se nota. E não só na forma como aceitamos ou lidamos com as coisas mas também, e diria que talvez sobretudo, na forma como ignoramos tantas coisas que antes nos tiravam do sério! Na forma como o dia de trabalho cansa, na forma como o descanso, o repouso sabem tão melhor que antes... e depois, já não há corridas. Tudo o que é importante é feito no tempo devido e o resto deixou de ser preocupação. Será maturidade? Seja qual for o nome que tem: sabe-me muito bem!
...vinha eu toda contente falar de alquimia na cozinha, de como gosto de cozinhar, o bem que sabe, o bem que faz e até partilhar uma receita de petisquinho muito rápido à base de batata quando... chegaram os meus vizinhos. Não os conheço. nem faço questão. Só cá passam férias e fins-de-semana, ao que parece mas, para mim é como se me entrassem pela casa adentro! Se bem que apenas os terraços se toquem e que até tenha planos de ir visitar o filhote no fim-de-semana...incomodam-me estes vizinhos! Que querem que vos diga!? Estragam-me o silêncio, a paisagem e, como um espelho reflectem claramente a minha cada vez maior dificuldade em viver em gaiola...vou para a cozinha destressar!
já lá vão sete! sete dias deste novo ano e eu com tudo atrasado! nada de resoluções postas em prática (também não são muitas e são de implementação faseada), nada de alterações radicais, nada. o ano de 2014 parece ser apenas o seguimento de 2013, sem quebras. talvez por isso as coisas me pareçam tão "as usual". ou talvez não se note, na maioria das pessoas, o entusiasmo que havia noutros anos em Janeiro, ou talvez eu já não me dê com tantas pessoas como antes e não tenha por isso direito aos prolongados votos de bom ano e ache que tudo está na mesma.
seja como for, 2014 é um bom ano. é um ano par. termina em 4. é um ano novo, ainda limpo e livre e é assim que o pretendo manter. mas tenho que me organizar, sair do slow-motion-mode ainda que este tempo só convide à preguiça e aproveitar cada segundo deste ano para sorrir e fazer sorrir. sendo que é este o único e verdadeiro objectivo: criar uma vida que me (nos) faça sorrir. ( e aninhar-me muito!)
quem me dera que fosse maleável à minha vontade, esticando-se agora, encolhendo as garras depois, deslizando suavemente como um branco lençol de seda ou flutuando ao vento, qual cortina indiscreta em tardes de verão...e que fosse sereno de manhã e parecesse não mais ter fim nas tardes quentes de esplanar, no encontrar furtivo de um olhar desperto, no saborear bamboleante de um recomeço a desejar e depois....monstro infinito de fúria produtiva, sendo agora vaga que morre transparente, cristalina, onde o meu pé vem se enterrar...quem me dera que fosse o tempo a depender do meu querer e não eu, presa ao tictac em surdina de ponteiros condenados a todo o sempre a girar...quem me dera moldar o tempo ao viver num intenso saborear...
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