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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
ou seja, 363 e alguma horas ainda por gastar...
o primeiro, passei-o entre família e amigos e a dormir. o segundo, ou boa parte dele, a preparar para e a viajar. gosto destes dias de chuva. de longas viagens sozinha, também. não é que já esteja habituada, é que gosto, mesmo destas idas e vindas. o tempo na estrada tem dimensões muito próprias e os meus pensamentos alongam-se em longas fitas que nem sempre se tocam.
se há algum lugar no mundo onde eu queira viver, é aqui. neste lugar entre o campo e o mar, no meio do verde e do luar, a cidade à distância do desejo e o sol em balouços de embalar...
se há alguma coisa que eu queira fazer, é regressar, sem horas nem correrias, porque há sempre com quem estar, não há vazios nem esperas, apenas o calor do sorriso de quem me abre a porta ao chegar...
aqui, onde todos os elementos se encontram e se misturam, num viver de saborear e onde acordo sempre a tempo de ver o sol nascer no sorriso do teu olhar...
e tenho 363 dias e algumas horas ainda para começar (ou continuar) a construir este caminho....obrigada vida!
nem calculam o que isto me dói/irrita!
quando vejo miúdos de 20 anos fazer/dizer/viver coisas que eu aos 40 estou (41, perdão) apenas a começar a decifrar, fico triste. triste, irritada, sinto-me impotente! queria mudar o passado e sei que não posso. que ninguém pode! por mais que faça, vou ter demorado sempre mais vinte anos do que esta gente a descobrir coisas tão simples e desejo muito ser capaz de passar ao meu filho, como suponho que os pais lhes tenham passado a eles, algo mais/melhor do que o que me passaram a mim. não culpo, apenas desejo fazer melhor.
como raios cheguei eu até aos 40 anos sem ter percebido que a cada escolha, independentemente da escolha, fechamos a porta a outras escolhas, que quem ama cuida e cuida sempre, aconteça o que acontecer, que a vida deve ser movida pela paixão todos os dias e não apenas ( e não sobretudo) por aquilo que acham(os) que está certo! que nos fazem crer que é o acertado, o melhor a fazer, que a única pessoa nesta vida a quem devemos querer agradar é a nós-próprios e que, se cá dentro, naquele lugar pequeno e potente (é como o n0vo Skip...) há algo que reage quando somos confrontados com determinadas situações, escolhas, etc, é esse palpite, hunch, feeling ou sexto-sentido, chamem-lhe o que quiserem que devemos dar ouvidos, fechando-nos aos assaltos dos gritos dos outros e do querermos fazer bem, como os outros e do querer ser/ter, como os outros.
eu não sou senão eu-mesma e é apenas comigo que me deito e levanto e a mim, apenas, que devo devoção e respeito. ...quem diria?! eu afinal até sabia bem disto aos vinte anos...antes de, como dizem e muito bem, me disciplinar(em)... espero e desejo que estes a quem me refiro, não se esqueçam...seja qual for o caminho e por mais que o armadilhem.
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