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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
Como um veleiro no mar, fazendo caminho, sem esperar nada nem ninguém concretamente, mas sabendo que virá. Sob os raios quentes do sol desliza, deixando que as ondas o embalem, tranquilamente dia após dia, segue o seu destino, sorrindo, sabendo que virá. Sem demasiados sobressaltos, embora por vezes se engasgue e pretenda mudar de rumo, se perca entre a espuma branca das ondas e se queixe um pouco dos embates no casco, chegando até a desejar não terminar a viagem, baixando as velas e deixando que o tempo, o mar e o vento o levem, deixando de lutar contra os elementos, porque, sabe com toda acerteza, que virá. Porque nada muda por mais que tudo pareça diferente a cada dia. A linha do horizonte é a linha do horizonte e ele sabe que, mantendo o rumo, mais para cá, mais para lá, aguarda não o incerto, mas de velas abertas ao sol e aos ventos espera quem sabe que um dia virá. Virá como mar revolto, virá como onda serenas, virá como tempestade repentina, nuvem cinzenta de raiva e fúria já não contidas. Virá como lágrimas quentes que o mar por vezes derrama sobre o barco, ou como vento que fustiga as velas e não se rende, por mais que se canse, por mais que não ganhe, por mais que o barco não se mexa nem se afunde, mas virá. E então, o veleiro ancorará, onde quer que esteja, oferecendo abrigo e calmaria. Porque o caminho é seguir viagem, aprender fazendo caminho, abrir as velas agora para as recolher com carinho, esperar, sem mudar de rumo, que o outro cruze o seu destino. E quando chegar o tempo certo, irão, pelo mar à aventura, de saudade em loucura, de mergulho em perdição, de espera em sorrisos, de amor em paixão. Sem rumo. Irão.
Navegação à vela
pode ser definida como a arte de manobrar as velas de uma embarcação em função do vento (conforme a sua direcção e a sua intensidade) para que possa locomover-se em relação ao rumo que se pretende seguir, em operações que envolvem não somente o velame em si, mas também o(s) mastro(s), a quilha e o leme. sem perder o equilibrio e sem se desviar do objectivo final. Navegar à vela é, portanto, um verdadeiro desafio. (Wikipédia)
Tenho tantas mas tantas saudades! Nada como o mar, o seu poder absoluto quando estamos dentro de uma casca de noz, para nos relembrar da nossa verdadeira dimensão humana, da nossa fragilidade e da nossa força infinita, da coragem e da beleza de cada segundo da vida!
Amo o mar! Amo o mar sem palavras, porque creio, alguém que o amou antes de mim já o disse de todas as maneiras! Em prosa, em verso, em silêncio. Amo profundamente o mar e a vida que me fez barco.
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