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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
Ainda não sei qual o meu propósito na vida, se é que há um propósito para a minha vida. Talvez aos 45...
A família, a minha família, é felizmente maior do que os laços de sangue indicam. E é, na maioria das vezes, na família que escolhi que encontro suporte e conforto. E alike minds.
Sou mãe como sou pessoa: tenho uma certeza inabalável de que tudo vai correr bem. Por vezes esqueço-me de coisas, preocupo-me com disparates, zango-me e grito e desbarato. Tenho um filho lindo, com bom coração e bons princípios, parece-me. O miúdo é algo egocentrico e um tanto ensimesmado...eu também. Umas ensinam-se outras aprendem-se. Algumas correm-nos nas veias. Poderia fazer melhor?
Quando cheguei aos 35 anos, larguei tudo: emprego seguro, vila pacata, família. O importante não era o dinheiro; era a satisfação, o gozo de fazer algo que me preenchesse, o desafio. Aos 44, se tivesse oportunidade de escolher, ia pelo dinheiro. É com ele que se fazem as coisas que nos dão prazer, e todas as necessárias.
Se olhar de cima, vejo-me como uma mulher interessante: minimamente culta, divertida, (ir)responsável, independente, (des)complicada. Se alargar o olhar, sou uma girafa dentro de um charco com patos...I don't belong here...
São as trivialidades diárias que mais me pesam. As repetições. Lavar. Arrumar. Todos os dias. Sempre as mesmas coisas. Os horários que me são impostos. Repetir vezes sem conta.
O que mais me cansa são as tensões, indecisões, pescadinhas de rabo-na-boca, as queixinhas nha-nha-nha e gente que chora de barriga atulhada!
Não sei em que acredito nem se de facto acredito em alguma coisa. Acredito na influência da lua, dos elementos da natureza. Numa força que mantém inteiro o universo como o entendemos. No poder da fé (não, a fé não é uma coisa de religiões).
Não acredito que todos os seres humanos são bons. Há pessoas más.
Parece-me, às vezes, que atravesso a vida numa espécie de dormência. Há dentro da minha cabeça mil mundos dos quais me alimento enquanto faço por ignorar as realidades deste mundo: a maldade, a vaidade, o estado das nações.
Já não escrevo poesia há anos!
Ainda sonho com "aquele" homem. Mas à medida que o tempo passa, refina-se-me o gosto e diminui-se-me a capacidade de aceitação. A coerência é requisito fundamental e a maioria traz no corpo e na alma o caos. Para arrumar basta-me a minha casa, obrigada.
I need to constantly ground myself: my mind flies too easily away from the present, creating such a wonderful future...in my mind, only! Ainda preciso de aprender a trabalhar no agora para criar esse maravilhoso futuro.
Detesto estar sozinha, acho que a vida é para ser partilhada, vivida numa cúmplicidade intricada. Adoro estar só e liberta dos constrangimentos inerentes a um relacionamento. Dicotomia, dicotomia...
"some call it magik" não passa de um sonho, se o pudesse materializar agora, nenhum detalhe ou pormenor lhe faltariam. Mas já não sei se terei a força necessária para o fazer acontecer.
A confiança em si, l'aplomb para os franceses, poise para os ingleses, é frequentemente confundida com arrogância. Vivo rodeada de gente pequenina cujas próprias vidas não lhes chegam...e de gente maravilhosa cuja beleza me passa ao lado por viver tão frequentemente dentro de mim.
Happy Birthday to me!
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