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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
os dias passam lentos e ainda assim são curtos...nunca pensei que aqui houvesse "falta de tempo". mas as distâncias são grandes e apesar de ter o privilégio de ver nascer o sol quase todos os dias, passo a ponte sem tempo para parar e ficar ali, a ver o rio espreguiçar-se sob aquela carícia matinal, brilhante, imenso, a entrar dengosamente p'lo manto branco e dourado do mar...e eu a correr para o escritório quando só me apetecia ficar ali, até me doerem os olhos de tanto brilho!
hoje (e tantos outros dias) queria estar a fazer outras coisas, a avançar com projetos que nada têm que ver com o meu trabalho, estar mais perto de casa, não gastar todos os dias 1 hora a ir e vir. só a ir e vir, conduzir e mais nada. talvez tenha o filtro avariado e não consiga apreciar o facto de ver, por breves instantes este espetáculo grandioso todos os dias, talvez devesse valorizar mais o facto de ter emprego quando tanta gente não tem, talvez pudesse acordar mais cedo e parar na ponte, talvez pudesse arranjar emprego mais perto de casa, de que gostasse mais, talvez, talvez, talvez...
sim, talvez. talvez eu seja ingrata, insensível e louca. mas só me apetece ter tempo para acordar devagar, acordar para trabalhar naquilo de que gosto, ter tempo para o T., deitar-me ao sol com as gatas, ler, escrever, beber chá a ver nascer o sol e cerveja (vá, meia cerveja) a ver o pôr-do-sol...e rir, muito. e adormecer feliz.
querer viver assim? deve ser loucura, sim...
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