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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
1. vem de “ASSERO” que significa afirmar. Atenção! Afirmar não é acertar! Portanto, não se trata de acertar, mas de saber se firmar e afirmar. “ O meu espaço vital é o espaço mínimo necessário para que eu me sinta feliz”. A Assertividade é a arte de defender o meu espaço vital sem recuar e sem agredir. Ser assertivo é ser pacífico sem ser passivo. Colocar o que pensa respeitando a opinião do outro.
2. Capacidade de dizer o que pensa, no momento certo, sem ofender, magoar ou agredir quem o ouve. Capacidade de intervir adequadamente numa situação que pode levar a conflito, evitando-o.
(definições livres do dicionário informal)
e todos nós fazemos isto, todos os dias. ou a maioria de nós. sim, nem todos temos a calma e o conhecimento necessários para isto. para gerir a vida, todas as partes da vida, um degrau acima. ou um degrau ao lado, pouco importa, importa sim que quero dizer de um patamar diferente, de um lugar onde se olha para as coisas, se sentem e vêm as coisas e se age em vez de se reagir.
reagir, nem sempre será a melhor das coisas a fazer, sobretudo porque, regra geral, reagimos mal. fruto da vida, do passado, das experiências, a nossa reação será sempre fundada naquela experiência (pode ser única) que correu mal e não nas (muitas vezes repetidas) que correram bem. porquê? não sei. talvez seja um reflexo de auto-defesa. em caso de dúvida, atacamos logo e começamos a resolver o assunto. ou então...complicamo-lo! tratando-se de alguém que nos é próximo a reacção será certametne exagerada, desproporcional e terá resultados diametralmente opostos aos que pretendiamos, se é que pretendíamos o que quer que seja (quem reage não pensa). e passamos a ter duas situações distintas, que se vão enrolar uma na outra e intricar-se de tal maneira que acabarão por se tornar um novelo de diz-que-disse e mal-entendidos que só um santo terá paciência para desenrolar.... (pois, pois!)
a questão incial, fosse qual fosse, fica camuflada sob a segunda (a reacção despropositada -ou não) e, o novelo começa a crescer. alimenta-se das dúvidas, que já não se vão esclarecer, dizendo que é para não complicar mais, das incertezas, de todas as inseguranças que, de repente, se alinham à nossa frente e formam a linha avançada do inimigo....inimigo??? oh sim! inimigo!!!! a partir do momento em que nos sentimos tremer o outro passa a ser o inimigo. importa lá saber se trememos porque as nossas fundações não eram sólidas ou porque ele lhes bateu com demasiada força?! a única coisa que importa é que ali, à nossa frente, está o nosso maior inimigo neste momento! e é para a-ba-ter! isto é válido seja ele/ela o nosso patrão, superior, director, colega, mãe, filha, prima ou companheiro/companheira. sobretudo se for o nosso companheiro(a).
onde raios entra a assertividade nesta converseta toda, miúda?
aqui. há um ponto, chamado de não-retorno, de que todos temos noção. temos, ou deveríamos ter. eu, por exemplo, tenho a noção clara de que passo facilmente deste ponto. nem sempre, e sobretudo não com o objectivo de magoar ou atacar, mas, presa às minhas próprias falhas, lanço-me numa torrente de palavras, dizendo o que quero e o que não quero. porquê? porque muitas vezes estou a reagir às palavras, à luz das minhas experiências passadas, sem ter noção de que as circunstâncias mudaram e logo a minha maneira de (re)agir também deverá mudar. como diz alguém que conheço, o problema não é o erro, é a falta de consciência do erro. então, eu tenho tendência para cometer o erro de ser precipitada nas respostas que dou a assuntos que me são trazidos de maneira inesperada e, com isso, perco a capacidade de ver as várias prespectivas da situação e de agir(assertividade) em vez de reagir(agressividade).
tendo esta noção, já consigo dizer (sim, aprendi estalando os dedos!): "neste momento não estou preparada para esta conversa. podemos por favor falar deste assunto tal dia, a tal hora?" se a outra pessoa concordar, tudo bem. faço o melhor que sei e posso durante esse tempo para ver a questão de todos os lados, prismas, angulos, o que lhe queiram chamar. tenho também consciência de que durante esse lapso de tempo, algumas questões relacionadas com o assunto se esvaem, não eram afinal tão importantes assim, enquanto outras crescem e se posicionam de maneira diferente. aliado a isto, conisgo perceber que também a outra pessoa, fruto das suas próprias experiências e do conhecimento das minhas reações(no passado) me traz o assunto da maneira que lhe pode parecer a melhor para não me atacar e eu sinto-me, ainda asim, de certa maneira agredida. também consigo, neste tempo de pausa, ver a posição do outro, de várias maneiras. da minha e de outras perspectivas e consigo perceber que também o outro precisa de tempo para pensar melhor nas questões que lhe ponho e que são também estas, novidade para ele.
voltando à assertividade, sim, porque era esse o tema, deveria fazer parte daquilo que se ensina na escola desde o primeiro dia e até ao último! para se tornar um reflexo, algo automático, e cada vez mais integrado em nós. não é uma coisa fácil se se trata de relacionamentos, é complicadíssimo de fazer e é exactamente no relacionamento e do relacionamento que nasce a necessidade de se ser assertivos. ora bolas!!!!
nas relações de afecto, sobretudo, sejam elas quais forem, ser-se assertivo é ver a situação, como escrevia num post lá atrás, da perspectiva do amor que se tem ao outro. é a única posição, seja qual for a situação, que garante a calma, serenidade e distânciamento necesários para se agir em vez de reagir. e a úníca que conheço da qual nascem soluções/resultados que trazem acima de tudo, paz a todos os envolvidos.
não sabem como é que isso se faz?! fácil, vão aprender ora essa! ou as pessoas de quem gostam não valem o esforço?? e gostam delas? sim??????? ok....quem sou eu para julgar o que quer que seja.... have a very nice life folks. and a great day today!
e riam-se! sim, porque se há coisa que eu poderia dizer a mim-mesma no fim desta tirada toda sobre a assertividade essa coisa seria exactamente algo como isto!!!!!! (não resisiti, tinha que colocar esta imagem aqui!)
Diz-que as palavras são como as cerejas, não é? que uma atrás da outra se transformam em conversas e estas nunca mais têm fim.
Hoje é um dia especial, para mim. Porque sim. E por isso, gostava de partilhar convosco duas excelentes receitas indispensávéis para um verão cheio de cor, de sabor e de alegria.
Uma delas, a primeira é fácil, muito fácil embora sempre polémica! Sim, o Clafoutis aux cerises está envolto na eterna polémica "avec ou sans noyaux". Pessoalmente, prefiro o bolo sem caroços no entanto, reconheço que as cerejas descaroçadas se desfazem mais, o bolo fica mais húmido mas também fica menos bonito. Seja como for, aqui fica a minha receita original:
Clafoutis aux Cerises
-600g de cerises entières
-2 gros oeufs
-120g de sucre
-100g de farine
-330ml de lait entier
-25g de beurre (pour beurrer le plat)
Préchauffer le four à 200°C.
Laver soigneusement les cerises.
(Si l'on choisit de les dénoyauter, on peut utiliser un dénoyauteur à cerises automatique. Plus pratique!)
Préparer l'appareil à clafoutis. Mélanger les oeufs, la farine et le sucre dans un récipient.
Bien homogénéiser au fouet, puis ajouter le lait.
Beurrer le plat pour un démoulage plus aisé par la suite.
Mettre les cerises entières ou dénoyautées dans un plat allant au four.
Verser la pâte sur les cerises.
Mettre au four 35 minutes à 200°C.
Versão Suisse Romande
-600g de cerises dénoyautées
-2 gros oeufs
-350ml de crème liquide entière
-50g de poudre d'amandes
-90g de maïzena
-125g de sucre glace
-une pointe de couteau de vanille en poudre
-25g de beurre fondu + 25g pour beurrer le plat
Delicioso, também e muito mas muito mais rico!
Prepara-se como o anterior e o tempo de cozedura é idêntico.
Receita em Português, podem ver esta versão, que como tudo o que já fiz deste blog, é uma perfeição!
A segunda receita que quero partilhar convosco é esta: arranjem uma amiga, não tem que ser uma amiga antiga, de há anos, que conhece a vossa vida de cor! Uma amiga de confiança, sim, e para isso, bem o sabemos, basta deixar trabalhar a intuição e o coração, e procurem uma esplanada simpática. Se querem mesmo saber, a descoberta de uma nova amiga será um plus para o Verão. e deixem-se ficar, na esplanada, na conversa, a ver o mar, a ver os sorrisos de quem passa. A criar laços. Depois, convidem-na para jantar e façam esta sobremesa deliciosa. Ou para lanchar, Clafoutis com Infusão de frutos amarelos (manga/pêssego/lima), hortelã e gelo.
Verão com amigos, sobremesas deliciosas, esplanadas e livros. Para ser perfeito mesmo só falta uma coisa: Um Grande Amor! Falta?
True compassion is giving what the other person needs, not necessarily what you want to give. –Steven Stosny
Não é fácil fazer isto. Sobretudo se se trata de dar a quem já nos deu muito do que não queríamos ter na vida. É difícil deixar de parte as mágoas e apenas ouvir, acarinhar e não abrir a boca para julgar. É complexo. É preciso já ter passado por várias fases do desespero à raiva e ter conseguido fazer paz, dentro de si, para estar em paz com o mundo. Só então, e ainda a baby-steps é que se consegue ser para o outro aquilo que ele precisa que sejamos sem tentar a todo o custo fazê-lo ver a “nossa razão”.
Percebi isto recentemente. Creio que pela primeira vez em já alguns anos, tinha a cabeça e o coração no lugar certo, e fui capaz de dar sem julgar, ouvir sem argumentar, abraçar sem criar ou deixar criar expectativas. É bom abrir os braços para os fechar sobre quem se ama, sem prender. Talvez, sublimando a paixão, se obtenha a compaixão, e esta seja o principal ingrediente do Amor.
mudar de vida. mudar de ares. mudar.
há coisas que mudo com frequencia e gosto, há outras que detesto ter que mudar e se pudesse mantinha para sempre. por exemplo: tenho a mesma carteira há quase 20 anos. Já toda a gente me ofereceu outra carteira e eu, por delicadeza, até as uso por algum tempo. mas depois volto à minha. é minha, é como eu, tem espaço para tudo o que me faz falta e foi a carteira que sempre quis ter "quando fosse grande". o mais curioso é que toda a gente adora a minha carteira e está sempre "de moda".
outra coisa que não gosto muito de mudar, são templates dos meus blogs. geralmente escolho coisas muito simples, que torno ainda mais minimalistas e se alguma coisa mudar serão, eventualmente os cabeçalhos. gosto de estruturas claras, leituráveis, se é que esta palavra de facto existe. o lazy cat, no sapo, nasceu preto. já foi branco. e já foi preto. já teve alguns apontamentos de cor na lateral. e já foi preto. e já foi branco e, até hoje, só fazia realmente sentido que fosse preto. talvez seja pelo conteúdo. tem tanto de mim que ler-me assim, preto no branco é por vezes como abrir os olhos e ter o sol de frente...e vai-se mantendo nos pretos, vão-se colorindo cabeçalhos e o resto fica....será para que não se vejam as lágrimas? será pedantismo? será o que será! mas hoje o lazy cat mudou. porque senti que tinha chegado a hora e porque, ao procurar um novo template, dei de caras com "a minha cara": a clean summery template with a cat, on a roof. e portanto...mudei! e mudei com muito gosto!
por isso, para além de tudo isto tenho hoje a dizer que: Life is damn good, you see?!
é uma palavra que se usa (será porque se sente) cada vez menos. mas hoje só quero dizer que estou grata. gosto da casa nova. incompleta. gosto de ter o que procurar, gosto de ter tempo para procurar exactamente aquela peça perfeita, em vez de dizer "gostava tanto de ter um candeeiro de pé aqui" e na primeira oportunidade ter que escolher um, qualquer um, porque para a outra pessoa interessa mais satisfazer o meu desejo expressado (um candeeiro de pé) do que entender que quandi digo isso, me refiro não a um candeeiro de pé qualquer mas sim àquele que será perfeito para aquele canto e que eu não faço a menor ideia de quando vai aparecer. nessa altura, o dinheiro para essas coisas vindo essencialmente do bolso dele, até porque jamais me deixaria gastar um tostão em nada que não fosse exclusivamente para mim, apesar de protestar, aceitei o candeeiro. reconheci, reconheço e agradeço a vontade de me agradar mas...esta não deveria ter como motor o ficar de consciência tranquila porque já estava feito o que eu tinha pedido e sim proporcionar-me um verdadeiro prazer escolhendo comigo algo que nos enchesse as medidas aos dois e nos desse aos dois prazer ter em nossa casa. adiante. gosto desta liberdade absoluta de escolha e de estar a colocar em minha casa apenas aquilo que eu gosto, apesar de ter que andar devagar. e então, para comemorar, decidi que coisas que trago comigo há cerca de 20 anos (algumas delas desde que sai para estudar !!!!) vão ser oferecidas e/ou reformadas e vou comprar novas. e pronto. ah, sim, também decidi que vou trazer a máquina de costura e personalizar muita coisa! e pronto, por hoje é isto: grata ao homem que amo e com quem partilhei anos da minha vida pela disponibilidade constante para me agradar e grata à vida por me dar a oportunidade de ser apenas eu a decidir e a escolher. grata por essa e várias outras coisas. hoje a palavra de ordem é mesmo GRATIDÃO!
a imagem é daqui
o devir não é o que há-de-vir!
O devir é a constância e a consistência
o ser. ser-se. inteiro e coerente apesar de
todas as mudanças de forma, tamanho, cor
e de todas as (in)-(r)-e-voluções que nos rodeiam.
Ser eu mesma perante a vida. Fiel ao meu centro.
Inteira no meu núcleo que é feito de: AMOR.
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