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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
Assim se chamam as flores que ameaçam explodir em massa nos canteiros da vizinha. Os botões anafados contorcem-se dentro das camisas verdes e, embora encapuzados enchem já o ar do perfume doce das noites quentes de verão, em pleno dia!
E foi assim que me lembrei de todos os copos de vinho que não bebi este verão, de todas as noites que não passei enrolada numa mantinha, deitada na espreguiçadeira a fingir que lia enquanto me perdia em sonhos despertos pelas arestas mais ou menos conhecidas das constelações. Foi assim que me lembrei da areia morna no fim da praia, mesmo antes de a "fecharem", do sol que teimosamente se recusa adormecer enquanto nas paredes dos nossos copos a espuma desenha mapas vagos de memórias partilhadas e a banda sonora muda de ondas que embatem nas rochas sem pudor para vozes lânguidas de turistas bronzeados e sorridentes que procuram nas ardósias os apelidos mal escritos com que lhes reservaram as mesas... Há gente que se demora na praia. Cheira a carvão, o sol despede-se e mergulha de repente dando lugar à brisa e aos arrepios. É tempo.
Tenho saudades de me demorar, sentada no muro.
E ainda nem visitei a Maria nem provei os pratos do André. O verão despede-se quase, há flores que se preparam para lhe dizer adeus. Não sei para onde foram os dias. Enebria-me o cheiro doce. A brisa traz-me um arrepio. Vais-te embora intocado, Verão. Eu fico...
at least not as far as I can see... Still, being alive is the most incredible gift. I survived 40 years ago. I survived the last 8 years. Maybe it's just that I never learned to give up. Or maybe it's that I love to live.
Life is not perfect. Life is not fair. Life is magic and beatiful. And I do love it.
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