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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
Conhecem uma vila pacata, linda, entre mar e rio, com um micro-clima maravilhoso, praias fabulosas e onde se come sempre bem? Eu conheço: é Vila Nova de Milfontes!
Este ano, além de praia, sol e boa comida, Milfontes oferece também aos visitantes um projeto cultural de divulgação da literatura portuguesa! Sim, sim, leram bem: divulgação da literatura portuguesa! Uma ideia muito simples mas que parece estar já a funcionar bastante bem: em cada loja, restaurante, pastelaria, etc...há um livro de um autor português disponível para consulta. Algumas lojas e alojamentos têm livros em inglês e alemão, estão agendadas leituras públicas no jardim da Vila e na Barbacã, o barco que faz a travessia do rio tem um livro sobre plantas, há um restaurante que tem um livro do Manuel da Fonseca que li há anos e fiquei com vontade de reler...enfim, Milfontes apostou na cultura como bilhete-postal para o Verão e acho que lhe fica muito bem!
Podem manter-se a par do que vai acontecendo aqui.
Boas leituras!
é assim que me sinto...sempre em sentido, sempre atenta, alerta, nunca descontraida e confortável.
Ter que passar cada minuto do meu horário de trabalho nesta situação provoca-me um cansaço intenso, que se aproxima da exaustão. Dores constantes nas articulações, rigidez na zona do pescoço e, infelizmente uma grande falta de paciência quando finalmente saio do escritório. Ninguém deveria ter que passar por isto. Talvez muita gente esteja em situações piores, mas esta em que estou e ainda nem há 4 meses, começa a ter um peso grande, muito grande na vida da nossa pequena família. Não é justo para um filho que só vive com a mãe ter uma mãe constantemente cansada, sem vontade de nada, para quem tudo, incluindo coisas que adora fazer com o filho se vão transformando num esforço.
Depois de estar desempregada quase 3 anos, tive a oportunidade de escolher entre empregos e escolhi este. Será que eu nunca mais aprendo a pesar prós e contras? Será que aquilo que me propuseram é isto? Eu percebi mal? Ou será que percebi bem e ignorei os sinais? Facto final: este emprego está a dar cabo de mim!
E agora?
e abrir os olhos para te ver sorrir, assim, serenamente ao meu lado,
o sol que entra já pela janela neste dia ainda mal acordado...
e saber que estou em casa, no teu olhar, no teu abraço....
sim, a distância. é a distância que nos torna insensíveis. cegos. surdos. a distância que nos impusemos ou nos foi imposta. os muros que construimos ou criámos. as portas, as belas fachadas. a distância. distância a que está o sítio onde mantiveram cativo, alimentaram e mataram o frango que temos no prato. distância que vai daqui ao fundo da rua, onde vivem "aqueles do turbante" ou os ciganos, a distância que vai do meu jardim cuidadosamente vedado às janelas sem cortinas dos quartos onde 8 dormem apinhados. a distância que vai do trilho que percorro a ouvir música todas as manhãs à encosta mansa em que os ciganos dormem sob uma tenda de mantas velhas. a distância a que se colocam casas de repouso onde guardamos os que já nos ficam velhos. fora da nossa rua, da nossa vida. longe do nosso bairro. longe. é difícil vir mais, sabe, fica tão longe! é a distância a que são tratadas, colhidas e embaladas por mãos que dormem apinhadas as frutas doces com que nos regalamos à tarde, ao sol. e é a distância a que nos colocamos quando dizemos "estão a sacrificar o ambiente em prol do dinheiro". estão. eles. os outros. os que não nos tocam, não nos são próximos, estão afastados. à distância. é não ver a perna insegura que luta para subir o degrau, dia após dia, várias vezes ao dia, apoiada por mãos já trémulas, é não ouvir quem já não ouve, quem já não canta porque a voz se engasga. estar longe, mesmo que ali ao lado. é virar as costas ao gatos vadios, que só sujam as ruas, é o passar de largo. é ir pelo caminho mais longo porque a meio do mais curto há um semáforo perto do qual, invariavelmente, alguém nos pede alguma coisa. é a distância. é a distância que nos permite fechar os olhos e dormir tranquilos. não ouvir, não ver. a distância. é a distância que nos permite ignorar as atrocidades da vida. até quando?
serei, necessariamente imperfeita, pois que a perfeição se dá no encaixe, naquele momento em que os olhares se cruzam e reconhecem e mudamente se ajeitam. serei, necessariamente diferente, pois que o mundo está repleto de reflexos que por serem cópias de si-mesmos se repelem e da diferença nasce a possibilidade. serei, necessariamente louca, pois que da loucura nascem os sorrisos que fazem brilhar os olhares que se cruzam, naquele momento perfeito.
serei.
necessariamente.
Mais do que ausência de doença, representa uma situação de completo bem-estar físico, psíquico e social,segundo a OMS.
Se um órgão, como por exemplo, o pâncreas, deixar de funcionar parcial ou totalmente, verifica-se uma doença denominada "diabetes". Tem várias implicações mas afecta, sobretudo, a pessoa cujo órgão funciona mal e há medicamentos gratuitos para suprir a falha.
Se um órgão, como por exemplo o cérebro, deixar de realizar as suas (inúmeras) tarefas sem falhas, mesmo que isso afecte a pessoa, a família no seu conjunto, o seu círculo pessoal e profissional, chegando a tocar toda a comunidade em que está inserida dita pessoa, vamos retirar-lhe a possibilidade de adquirir o medicamento que supre a falha.
Se isto faz sentido para a maioria dos profissionais da saúde mental então deve ser o meu cérebro que está a falhar: por mais voltas que dê à questão só consigo imaginar que as consultas de psicologia/psiquiatria vão passar a ser gratuitas e que, como outros em tempos que já lá vão, os ditos profissionais vão ser enviados para a província, garantindo a todos o acesso aos meios que lhes permitam atingir o bem-estar mental sem recurso a fármacos.
E, tal como para a diabetes há um último recurso chamado insulina, haverá para os "loucos" um último recurso, chamado hospital, que também lhes permitirá levar uma vida praticamente normal... porque "dificultar o acesso aos meios que permitam às pessoas atingir uma situação de completo bem-estar físico, psíquico e social" parece ser o conceito vigente no nosso belo jardim à beira-mar...
"I know it's crazy to believe in silly things"
talvez eu até saiba, também. mas acredito, ainda assim.
e o mundo vai melhorar à custa de todos acreditarmos...
as gotas batem no para-brisas e sobem. claro. toda a gente sabe isto. mas nem toda a gente repara nisso quando passa sobre uma ponte a ouvir "Loucos de Lisboa". é bom sorrir logo de manhã. ter tempo, ou melhor, gastar aquele tempo a reparar nas gotas que sobem pelo vidro e "juntá-las" aos rios que correm ao contrário...a vida tem coisas boas, muito boas, mesmo em dias de chuva.
eu a trabalhar, o sol a brilhar e o mar a bater na falésia a 50 metros do meu escritório...
para variar! tenho o fim-de-semana preenchido há já algum tempo, workshops, almoços, amigos...e queria tanto fazer também estas outras coisas! Prometi ao T. levá-lo a um dos passeio nocturnos por Sintra, estou curiosa acerca do herbalismo mágico...e ainda não vai ser desta! paciência!
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