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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
que me prendem em serões em que deveria fazer tantas outras coisas...será porventura este o meu maior vício...letras que me deslumbram em vozes que me arrepiam...e vai-se o tempo entre rimas, perdem-se teses entre os acordes e enche-se um coração boémio até ficar inebriado...
E quando agarro a madrugada,
colho a manhã como uma flor
à beira mágoa desfolhada,
um malmequer azul na cor,
o malmequer da liberdade
que bem me quer como ninguém,
o malmequer desta cidade
que me quer bem, que me quer bem.
ah...são estas vozes...
A minha casa cheira a baunilha e a chocolate, e a flores. E, lá de fora, assim de temps a autres vem o cheiro da citronella -que deveria afastar os mosquitos-. Faz calor, é Verão. Ali ao fundo cantam vozes portuguesas. E eu canto com elas. Há noites tranquilamente felizes.
and not a single secret ingredient to make life worthy. All of it depends on only...you!
A minha adolescência foi regada -generosamente- de boa música, envolta em vozes, em timbres, que ainda hoje me fazem arrepiar. Algumas dessas vozes, dessas canções, dessas músicas são para mim bálsamos que, se não apagam algumas coisas, mitigam a saudade, a tristeza, trazem à tona memórias, sorrisos, momentos tão felizes! Não são segredos, são parte da receita de mim, o twist que cada um de nós dá às receitas que prepara e que as torna únicas...sõ uma presença recorrente, confortante, um raio de sol que fura as nuvens...curioso é que gosto, geralmente das minhas músicas nas versões em que me apaixonei por elas, sem misturas, sem pequenas ou grandes alterações...e que ultimamente tenho tido prazer em ouvir as mesmas letras com outras vozes, duetos, sorrisos...sinal de alguma flexibilidade acrescida, quiçá, efeito da distância temporal ou de uma coisa com a qual me tenho vindo a confrontar, felizmente, sempre, com um sorriso: a maturidade.
Está inegavelmente presente, na forma como me organizo, desorganizo, nas minhas ((inter)acções, na minha maneira de cozinhar, na minha escrita...nas minhas escolhas and we go along just fine...
E hoje, quero deixar aqui registo de algumas delas. Ouçam a música, sintam as notas...a vida é feita assim, de arrepios em sorrisos em fins-de-tarde que sabem a paraíso...
Au Café des Delices - versão original Patrick Bruel - aqui: Amel Bent
La Bohême - versão original Charles Aznavour - aqui: Amel Bent
J´te le dis quand-même - versão original Patrick Bruel -aqui: Bruel et Lara Fabian
Je vais t'aimer - versão original Michel Sardou - aqui Sardou et Lara Fabian
Je te promets - versão original Johnny Halliday -aqui JJGoldman et Patricia Kaas
Je te promets - versão original Johnny Halliday - aqui JHaliday et Amel Bent
durante anos senti culpa por me guiar pelas emoções, os sentimentos, por sentir tanto tanto...não sei de que outra maneira valeria a pena...
...vinha eu toda contente falar de alquimia na cozinha, de como gosto de cozinhar, o bem que sabe, o bem que faz e até partilhar uma receita de petisquinho muito rápido à base de batata quando... chegaram os meus vizinhos. Não os conheço. nem faço questão. Só cá passam férias e fins-de-semana, ao que parece mas, para mim é como se me entrassem pela casa adentro! Se bem que apenas os terraços se toquem e que até tenha planos de ir visitar o filhote no fim-de-semana...incomodam-me estes vizinhos! Que querem que vos diga!? Estragam-me o silêncio, a paisagem e, como um espelho reflectem claramente a minha cada vez maior dificuldade em viver em gaiola...vou para a cozinha destressar!
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