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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
Parece até que a minha vida não é feita praticamente de mudança! mas desta vez é por aqui que se fazem as mudanças. Poucas, aos poucos. Este blog nasceu com um objectivo e acabou por se afastar bastante do ideia inicial, tornado-se numa espécie de diário de bordo de um relacionamento atribulado - e terminado. Mas serviu-me bem. Se catarse houve, aqui aconteceu.
E se não é possível receber o futuro com os braços carregados de passado, também não é possível abraçar o presente. E este presente merece abraços, merece ser mimado, vivido plenamente. A determinada altura é preciso voltra atrás e cortar pontes. E foi isso que passei cerca de duas horas a fazer hoje. Da mesma forma, é preciso resolver assuntos pendentes para poder iniciar outros. Acontece que, por vezes, eles não se conseguem resolver e então, é preciso saber aceitar que se resolverão por si só quando chegar o momento e pronto.
E viver assim ao sabor do querer, sendo de repente atirada para a infância pelo cheiro que o vento do mar traz, transportada para outras noites, noutras paragens e sorrir por conhecer tão bem cada aroma desta aragem.
O oftalmologista receitou-lhe uns óculos de ver ao longe e ele começou a ver o amanhã no hoje. O futuro a passar nas lentes. Prevendo tudo, ganhava sempre. Perguntaram-lhe como ficara de repente com tanta sorte na vida. Respondeu que o destino não batia num homem com óculos.
In Nano-contos.
and more often than less dreams of another life....
mais uma semana. agora acho por vezes que o tempo passa depressa. não porque fiquem coisas por fazer ou porque ande a correr mas, simplesmente, ainda agora era sexta-feira e já é quase segunda. fiz tudo, fiz mais do que tinha pensado, foram dois dias preenchidos e felizes mas...já eram. e souberam-me a pouco.
continuo a espantar-me com a desfaçatez das pessoas. com a forma como se apoderam de pequenissímos poderes, como do nada surgem senhoras e se confunde uma aliança com eficiência...ainda espero sempre o melhor dos outros mas já não me falta o ar se me engano. não medir os outros por mim tem-me trazido serenidade. não me importar com as opiniões alheias, alegria.
gosto destes dias, de quando tudo se faz sem correrias. há hábitos ainda por consolidar. há regras para ignorar e outras para rever. mas há harmonia e mais razões para sorrir do que não o fazer. e há liberdade que chegue dentro desta nova rotina. e pela primeira vez em muito muito tempo, um horizonte vazio que não pesa mas alivia...
ex granis fit acervis
muito muito devagar, a rotina instala-se. horários, refeições, compromissos. aos poucos, muito muito devagar, o sol desce para lá da colina deixando à lua um céu rosado de primavera, os pássaros recolhem às árvores e, ao longe, acredito ouvir um sino a tocar e após uma longa pausa, à medida que tudo retorna ao seu lugar, também a escrita me volta aos dedos e se desenha em letras que dizem saudades, sorrisos, que escondem e desvelam dias felizes. aos poucos, devagar, ao sabor da vontade ou do momento, inexoravel mas calmamente, as peças terminam de se encaixar.
talvez seja esta a grande diferença entre escolher e optar. foi uma escolha inteligente. uma escolha da cabeça, racional. and such a big leap of faith...ainda é, de certa maneira. mas é um acreditar sem pressa. um saborear intenso. vida. um sonho desperto que me convida...
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