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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
...who you are, what you did, where you're from, as long as you love me!" isto é o que diz a canção.
no meu caso, é mentira! quero saber e muito que a pessoa que está ao meu lado tenha um conjunto de valores similares/semelhantes aos meus!
não pretendo que a vida do outro seja um livro aberto de onde saltam letras garrafais! apenas quero acreditar que aquele é um ser humano bom e ver isso reflectido nas palavras e nos gestos que lhe pertencem, ao invés de perceber que tem uma capa muito bem vestida, multifacetada, que reflecte o que fica melhor no momento exacto, sendo completamamente vazio por debaixo da mesma. se calhar é pedir muito. paciência.
depois de muitas voltas, decidi manter no activo apenas este. tendo que dedicar mais tempo à minha vida profissional, e à luz de uma vontade cada vez maior de estar inteiramente presente em tudo o que faço, decidi que vários blogs pessoais são um peso que já não quero suportar. porque me sinto culpada se não os actualizo, porque me disperso e acabo por andar sempre com a cabeça ocupada sem conseguir que as mãos, ou os dedos no teclado, reflitam tudo o que me passa pela cabeça e acabando por perder oportunidades de escrever sobre assuntos/temas que gostaria de abordar apenas porque passa o momento. e o momento é tudo. por isso, chega!
este blog, cuja ideia original era que fosse leve, um tipo de blog onde iria escrever pouco e publicar fotos engraçadas, citações, fazer referências a artigos e outros blogs etc... e tal, tornou-se numa espécie de jornal. e ainda bem. tem sido um bom jornal de bordo e já aqui escrevi coisas que não consigo reler sem me emocionar. outras de que me orgulho. nada de que me arrependa.
pensei seriamente em fechá-lo. mas gosto deste blog. da simplicidade com que tudo acontece no sapo, sinto-me aqui em casa há muito tempo. e não faz mal nenhum dar uma grande volta à casa de vez em quando! faz bem à casa e à alma. e assim sendo, este fica. vou morrer de saudades do Dário de uma Paixão que o Amor não deixa morrer mas, se por um lado tento viver com cada vez menos coisas, por outro percebi que, um diário em papel tem várias vantagens, neste momento, para mim. a maior de todas sendo que posso fazer o resumo do meu dia sem recurso a tecnologias e assim manter-me efectivamente afastada (salvo as excepções que forem necessárias) de computadores, tablets e smartphones a partir das 22h30. e é sempre bom percebermos que fizemos a opção certa!
isto quer também dizer que voltarei a ler mais os blogs de que gosto! sinto saudades disso, sinto como se tivesse estado metida num casulo durante vários meses e finalmente o tivesse furado, voltando a fazer parte do maravilhos mundo colorido! e só enquanto escrevo sito é que tenho noção do quanto tem sido mesmo assim! de como tenho estado longe, afastada, metida em mim, de costas viradas ao mundo.
já era tempo de voltar a viver, sem dúvida!
1. Ter ou sofrer divergência.
2. Desviar-se; afastar-se cada vez mais.
3. Ser de opinião diferente; não concordar.
preciso de reduzir o tempo que gasto com as receitas. assim, e como continuo a fazer este planeamento para mim, partilho de boa vontade, mas num formato muito mais simples e para enviar por e-mail, a minha ementa semanal. logo que tenha mais algum tempo, voltarei a publicar as receitas.
Arroz de Polvo
Tagliatelle com alho francês, cenoura e fiambre
Salada de lentilhas com espinafre, queijo e ovo
Bolinhos de peixe com arroz de cenoura
Risotto ai funghi
Lasagna escangalhada de atúm com azeitonas
Ratatoullie com panados de porco
Tortellinni di prociuto com molho de espinafres
Costeletas no forno com "pommes aux épices"
Tortilla espanhola
Omelete de Cogumelos Selvagens
Arroz Primavera com douradinhos
Sopa de miso com cenoura e tofu - Tranche au fromage
Hamburger de soja com legumes grelhados
Feijão encarnado com chouriço e coentros
Lasanha
Cabrito no forno com batata a murro
Tábua de queijos e enchidos da Serra com broa!
que nem sempre o que nos parece mau traz um mau resultado, que é mesmo uma questão de nível (qualidade), não de classes, que sou muito rápida a julgar os outros mas, também, que não censuro ou condeno; julgo ou avalio com as medidas que tenho e não sinto a necessidade imperiosa de gritar a quem quer que seja que está a fazer isto ou aquilo mal; cada qual sabe de si. descobri que invejo certas coisas, sem saber o que está por detrás delas e que tenho saudades de algumas pessoas. descobri que é possível viver sem tudo ou com quase nada, mas que o dinheiro (ter asseguradas as despesas básicas e algum conforto) traz uma calma diferente à vida: é mais fácil ser-se atencioso e generoso, é mais fácil ter atitudes altruistas ou simplesmente corteses quando não estamos constantemente à procura de uma solução para resolver um problema básico. descobri também que neste país impera o "não sei". ninguém sabe de nada e nem quer saber. e é assim que andamos, ao sabor de gente que se está nas tintas, por mais que lhe cortem o salário, porque há ainda o suficiente para tudo e, se porventura faltar, haverá gente sobre quem descontar a frustração, a raiva e a impotência, tendo comportamentos absolutamente grotescos e que só por si deveriam dar azo a um processo disciplinar, mas não dão, e ficam os de sempre, contritos, à espera de um pedido de desculpas que jamais virá. descobri que, de mãos dadas o caminho é mais leve. não que os obstáculos se diluam, mas sim porque, para saltar por cima de cada um deles, é mais fácil ter uma mão que apoia a nossa. descobri que avalio os outros pela escrita. como dizem, mais do que aquilo que dizem, porque se pode falar de "tretas com m" com requinte e brilhantismo, havendo inteligência. optei por não ter corrector ortográfico neste blog e passo um pouco por cima das regras, mas venho muitas vezes editar textos com gralhas, para as corrigir: descobri que afinal sou, perfeccionista. descobri que nada mas nada mesmo vale um acordar carinhoso e começar o dia a dizer "gosto tanto de ti!" a alguém. que grito por coisas insignificantes e fico magoada em silêncio com as coisas grandes. descobri que sou imperfeita, incompleta, impaciente, que tenho talento para dar e vender e medo de o admitir e de seguir o caminho do sonho, descobri que sou esforçada, procuro soluções e nunca baixo os braços, mas que nem sempre estou a nadar na direcção que deveria, gastando energia e tempo a lutar contra uma corrente que jamais me deixará vencer. ou seja, descobri que sou teimosa. e sim, descobri que com tudo isto, gosto de quem sou, e de ter esta noção das falhas ou das coisas menos boas que me permite trabalhar para ser amanhã uma pessoa mais amorosa do que hoje. porque não duvidem: o caminho é o amor e, por mais comprido e difícil que seja, todo e qualquer caminho só nos leva a um sítio: AMOR.
quem me dera que fosse maleável à minha vontade, esticando-se agora, encolhendo as garras depois, deslizando suavemente como um branco lençol de seda ou flutuando ao vento, qual cortina indiscreta em tardes de verão...e que fosse sereno de manhã e parecesse não mais ter fim nas tardes quentes de esplanar, no encontrar furtivo de um olhar desperto, no saborear bamboleante de um recomeço a desejar e depois....monstro infinito de fúria produtiva, sendo agora vaga que morre transparente, cristalina, onde o meu pé vem se enterrar...quem me dera que fosse o tempo a depender do meu querer e não eu, presa ao tictac em surdina de ponteiros condenados a todo o sempre a girar...quem me dera moldar o tempo ao viver num intenso saborear...
sendo este o primeiro hábito da lista, foi por aí que comecei e, devo dizer, comecei e continuei muito bem. muito bem mesmo. desde o dia em que tomei a decisão de reorganizar a minha vida, os meus dias, o meu tempo, capturar e lidar com ideias, informação e papéis tornou-se fácil. tornou-se o que se pretendia: um hábito. e não, não custou nada! o resultado vê-se tão rapidamente que apetece continuar a fazer assim e até arranjar maneiras de melhorar!
habituei-me a registar ideias, coisas que preciso/quero fazer, imediatamente. isso, acreditem ou não, retirou peso à minha vida. sei que se não fizer imediatamente farei ainda assim a tempo pois tudo o que é registado é tratado no dia ou na manhã seguinte. isto porque não pretendo ser muito rígida em relação à forma de tratar tudo quanto tenha sido capturado porque a minha vida é tudo menos previsível, há alturas em que me caem emergências do céu e tenho que me manter flexível. assim, é obrigatório lidar com a to-do list uma vez por dia mas não num horário específico.
este hábito é verdadeiramente libertador. o facto de, quando o assunto nos volta à cabeça, pensarmos, "está agendado" em vez de "ai, esqueci-me!", ainda que pareça insignificante, não o é. traz consigo um sentimento de descanso, alívio, de coisa bem feita que sabe muito muito bem. nada é perfeito, claro, por vezes falho porque para fazer alguma coisa na lista preciso de coisas que deixei em casa. acontece, mas não me culpo como fazia antes. re-agendo a questão e pronto.
portanto, capturar o pensamento, ideia, desejo, tarefa, colocando por escrito, tem duas vantagens: nunca fica esquecido e, liberta! libertando espaço mental, retira peso à vida. à minha retira certamente! deixei de me preocupar com imensas coisas pequenas porque sei que, dentro de um tempo razoável senão perfeito, as coisas serão feitas.
process é a segunda tarefa e, tornou-se também mais fácil. procrastinar deixou de ser um hábito. em vez disso ganhei outro com que acho, um dia destes, me vou irritar: antes de fazer o que quer que seja, penso em quanto tempo vai demorar. se bem que isso me ajude a fazer logo as coisas que não demoram nada, fico por vezes a pesar a vantagem de fazer agora versus fazer depois...coisas de balancinha, só isso.
descobrir que sou capaz de me organizar, que ganho tempo e paz com isso e. sobretudo, que me agrada ser organizada, que facilita a minha vida, etc e tal, faz-me acreditar que posso vir a fazer o mesmo a nível profissional, não só para mim mas para outros, aliando assim estes novos hábitos (sim, ainda recentes e "por confirmar" on the long run) mas, já voltei a considerar um projecto mais ou menos antigo: trabalhar sem rede.
a organização é importante. não só ter "regras" mas saber ser flexível, não contornando mas adaptando. talvez seja maturidade, mas creio que, estamos todos a passar por um período em que é obrigatório nos questionarmos e avaliarmos a nossa vida, sendo sinceros (ser sincero por vezes é ser duro) na avaliação que se faz da mesma e do que deve ou não ficar porque, o que não acrescenta coisas boas, não faz cá falta! descobrir, aos quarenta anos passados que afinal o que importa é estarmos bem com o que fazemos e procurar maneiras de estarmos melhor sem ligar muito aos que pensam ou dizem os outros porque afinal (apesar de pregarem e quererem mostrar o contrário) são tão falíveis ou mais que nós, fez-me bem. foi como um despertar. e gosto muito deste novo dia em que acordei.
capture => done!
process => done!
plan=> em processo de implementação
focus=> em processo de integração!
a propósito de focus, escrevi um artigo inteiro, que será publicado em breve!
ou não amar de todo. é assim e só assim que eu entedo o Amor. serei a última grande romântica? uma tola que acredita em contos de fada? serei porventura tudo isso mas pelo menos, eu, do alto do meu metro e setenta não minto e não me minto: eu quero alguém com quem partilhar os meus dias, os bons e os maus, com quem aprender, descobrir, ensinar, crescer, e ao fim do dia, adormecer. e nem tem que ser ninguém do outro mundo, basta que acredite, como eu, que o caminho se faz caminhando e que cada dia vale por si. e que viver plenamente é cuidar que o dia seguinte seja um pouco melhor do que o hoje. isso é mudar o mundo e não é tarefa para todos nem qualquer um. é isto que eu quero.
tu não? ok...!
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