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sobre estados de alma e outras insignificâncias... :)
andava a pensar numa forma de colocar em minha casa a frase "this too will end" para me relembrar que o bom e o mau acabam e que, é preciso termos consciência disso para aproveitarmos ao máximo o bom e sofrermos o mínimo com o menos bom. Mas, depois, descobri esta imagem e, gostei tanto tanto que é desta!
tenho recolhido tantas frases ou apenas palavras de que gosto e a ideia de as reunir numa obra única não me larga de maneira que é mesmo desta! Já comprei a tela e já tenho cúmplices para a pintar! ainda não decidi onde ficará nem conseguimos organizar as várias agendas, mas acredito que quando a casa nova estiver pronta, a tela também vai estar! pintar, secar, engradar! nem sei como será o resultado final! :) mas vai ser, só pode, GENIAL!
Como um veleiro no mar, fazendo caminho, sem esperar nada nem ninguém concretamente, mas sabendo que virá. Sob os raios quentes do sol desliza, deixando que as ondas o embalem, tranquilamente dia após dia, segue o seu destino, sorrindo, sabendo que virá. Sem demasiados sobressaltos, embora por vezes se engasgue e pretenda mudar de rumo, se perca entre a espuma branca das ondas e se queixe um pouco dos embates no casco, chegando até a desejar não terminar a viagem, baixando as velas e deixando que o tempo, o mar e o vento o levem, deixando de lutar contra os elementos, porque, sabe com toda acerteza, que virá. Porque nada muda por mais que tudo pareça diferente a cada dia. A linha do horizonte é a linha do horizonte e ele sabe que, mantendo o rumo, mais para cá, mais para lá, aguarda não o incerto, mas de velas abertas ao sol e aos ventos espera quem sabe que um dia virá. Virá como mar revolto, virá como onda serenas, virá como tempestade repentina, nuvem cinzenta de raiva e fúria já não contidas. Virá como lágrimas quentes que o mar por vezes derrama sobre o barco, ou como vento que fustiga as velas e não se rende, por mais que se canse, por mais que não ganhe, por mais que o barco não se mexa nem se afunde, mas virá. E então, o veleiro ancorará, onde quer que esteja, oferecendo abrigo e calmaria. Porque o caminho é seguir viagem, aprender fazendo caminho, abrir as velas agora para as recolher com carinho, esperar, sem mudar de rumo, que o outro cruze o seu destino. E quando chegar o tempo certo, irão, pelo mar à aventura, de saudade em loucura, de mergulho em perdição, de espera em sorrisos, de amor em paixão. Sem rumo. Irão.
Navegação à vela
pode ser definida como a arte de manobrar as velas de uma embarcação em função do vento (conforme a sua direcção e a sua intensidade) para que possa locomover-se em relação ao rumo que se pretende seguir, em operações que envolvem não somente o velame em si, mas também o(s) mastro(s), a quilha e o leme. sem perder o equilibrio e sem se desviar do objectivo final. Navegar à vela é, portanto, um verdadeiro desafio. (Wikipédia)
Tenho tantas mas tantas saudades! Nada como o mar, o seu poder absoluto quando estamos dentro de uma casca de noz, para nos relembrar da nossa verdadeira dimensão humana, da nossa fragilidade e da nossa força infinita, da coragem e da beleza de cada segundo da vida!
Amo o mar! Amo o mar sem palavras, porque creio, alguém que o amou antes de mim já o disse de todas as maneiras! Em prosa, em verso, em silêncio. Amo profundamente o mar e a vida que me fez barco.
Descobri que afinal, o maior dos enganos não é ser enganado ou enganada por alguém. Pior, muito pior do que isso, é o engano permanente em que nos votamos a viver. Não tinha esta noção tão clara até há poucos dias atrás mas entretanto percebi que é possível construir uma teia de falsidade tão grande à nossa volta que não há como a desfazer. Não só não há como deixa de se ter noção de que se vive num engano permanente, numa situação em que tudo é automaticamente virado em algo de até bom, na verdade. Se bem que aprecio a capacidade mental necessária para se fazer isto, lamento profundamente a pessoa que tem esta estrutura tão bem montada e oleada que já não sabe agir senão por reflexo para manter o status quo, para se manter dentro de um engano razoável em que se consegue iludir, acto após acto, cliché após cliché. Lamento.
Lamento quem quer que seja que viva num engano permanente de si próprio, rodeado de ideias feitas sobre quem é e como vive, tão afastado de si que se confunde com alguém que de facto vive, não como se cada segundo fosso o último mas com a consciência de que cada minuto pode ser o último, apreciando tudo quanto é feito pelo que é e não pelo facto de estar a ser feito. Viver no engano é fácil. É ficar dentro da zona de conforto. Querem mais confortável que não sair de onde se está e recusar ver que o mundo à nossa volta muda e que estamos a ficar cada vez mais desalinhados? Sim, é verdade, o desalinho pode ser uma opção. Mas viver no engano desta maneira já deixou de o ser. Passou a ser a única solução para se conseguir viver. Construir uma utopia permanente na qual o enganado é um ser superior a todos os outros e está sempre certo. Hoje fico feliz por ter, muitas vezes, consciência das minhas múltiplas falhas.
Leitura recomendanda:(sim, eu agora recomendo livros!)
O Cavaleiro da Armadura Enferrujada - de Robert Fisher
Para quem não gosta de ler:
O Cavaleiro da Armadura enferrujada em vídeo
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